Diz a tradição que chouriça assada pede porquito de barro. Mandam os bons costumes gastronómicos que o combustível adequado é aguardente em vez de álcool. E refere o ditado que a fome é o melhor tempero. Só não consta nos manuscritos que a cozedura feita a 1985 metros tem outra arte e estes elementos combinados transformam uma simples chouriça assada num manjar dos deuses.
É evidente que este ritual não está ao alcance de qualquer mortal. Apenas um grupo restrito de bravos confrades teve o privilégio de desfrutar da paisagem e da magnifica sensação que proporciona uma subida ao Cântaro Magro.
Transporte: Seat Ibiza com seguro em dia
Banda sonora: Radio Caria
Material de escalada: Roupa de domingo e óculos de sol
Hidratação:Vinho tinto, jeropiga e agua
Suplementos energéticos: Queijo da Serra,Chouriça e farinheira
Objectivo: Patuscada
Local:Calhau virado a norte com sombra de outro calhau no topo do Cântaro Magro
Relato do evento:
A subir... com pernas e mãos, engolindo a seco já a pensar na descida e numa desculpa para ligar ao Helicóptero de resgate através de uma linha 112 que por sinal só se apanhava dois metros para lá do precipício.
No local...a preocupação concentrou-se em recolher fotos das admiradoras que paravam no miradouro junto ao local e encher bem a barriga naquela que podia ser a derradeira ceia.