Quantos já nos cuscaram

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O Magusto - Retrato final

Dia de S. Martinho em Portugal continental e insular... dia de trabalho normal na pêcêmedic. Verão S. Martinho, nem vê-lo... chovia a potes no “penico do céu”. São Pedro gosta mesmo da Covilhã ou então deve andar às turras com o S. Martinho numa provável disputa de uma graciosa divindade celeste.
E como em dia molhado não se arreda pé de casa, sobra para os nobres operadores que não têm descanso entre assistências técnicas. 
No início da tarde havia balburdia na mansão. Algo se passa! Mesas e lenha no corredor; um garrafão de gasolina e outro que parece ter óleo de fritar batatas (será?!). Guarda sol aos pares, saca de batatas torradas, um toldo de barraca de feira e um tambor para máquina de lavar roupa... Conclusão a tirar...: o mercado da praça fechou para obras e os feirantes ocuparam este palacete municipal em forma de protesto. Num virar de costas à chuva, que o café já chamava de dentro da copa, la se trocavam impressões da vida alheia e de outros fait divers. E noutra espreitadela para a rua para ver se o céu dava tréguas, já o cenário do terraço tinha mudado literalmente “da agua para o vinho” e jeropiga. Dotados de poderes quase divinos confirmados em leitura atenta do Renovado Testamento, eis que a festa se tornou possível por graça da intervenção da confraria.
E da gasolina se fez jeropiga de tinto, do óleo se fez jeropiga branca, das mesas no corredor... mesas de banquete; dos guarda-sol...guarda chuvas, do toldo dobrado... um toldo desdobrado de cobertura para a chuva, da lenha... lume e das batatas escuras... castanhas assadas no recém convertido assador\tambor.
E a festa durou pela tarde e noite dentro com muita animação e indiferença à chuva constante.

Aguarda-se agora com grande ansiedade o próximo evento... a celebração de S. Lupanare!!!

 

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